DÉFICIT CALÓRICO

Postado em: Cuidados com a Saúde Saúde e Bem estar - 16/04/2020

Você já ouviu falar em déficit calórico? Resumindo inicialmente, nada mais é do que ingerir uma quantidade menor do que se gasta. Um fato é certo, o ganho de peso está diretamente relacionado com a ingestão calórica, claro que há exceções; é importante considerar que a quantidade de calorias deve ser individualizada, e com acompanhamento profissional preferencialmente. Há muitas variáveis que precisam ser avaliadas e bem planejadas.

O gasto energético basal (GEB) refere-se as calorias que o corpo gasta na manutenção das funções vitais como respirar, bombear o sangue. No início do século XX, os médicos James Harris e Francis Benedict criaram a equação Harris-Benedict, que passou a ser usada para descobrir a parcela de energia gasta no metabolismo de maneira involuntária, e assim, surgiu o termo Basal Metabolic Rate, que no Brasil, foi traduzido como Gasto Energético Basal (GEB). Vale ressaltar que esse cálculo varia em determinadas condições como obesidade, uso de medicação, e demais estados clínicos.

Dados estatísticos, demonstram que no Brasil a obesidade atinge seis em cada dez adultos; isso é resultado do excesso de ingestão alimentar com pouco gasto de energia, aí gera um desequilíbrio que abre caminho para doenças como diabetes, hipertensão, triglicerídeos elevados e outras patologias associadas.
Para o cálculo do gasto calórico diário, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, utiliza-se a Taxa de Metabolismo Basal (TMB), os valores são diferentes conforme o sexo e idade; é fundamental o acompanhamento individualizado para definir o melhor plano alimentar e demais mudanças de hábitos como tipos de alimento, quantidade, substituições. Apenas para exemplificar, os valores a seguir é uma demonstração da forma de cálculo:

Homens

  • Entre 18 a 30 anos:15,3 x peso + 679;
  • Entre 31 a 60 anos: 11,6 x peso + 879;
  • Acima de 60 anos:   13,5 x peso + 487

Mulheres

    Entre 18 a 30 anos: 14,7 x peso + 496

  • Entre 31 a 60 anos:   8,7 x peso + 829;
  • Acima de 60 anos:   10,5 x peso + 596

No déficit calórico, é necessário reduzir as calorias ingeridas, combinar a alimentação saudável e equilibrada com atividade física; assim há possibilidade de emagrecer, pois o corpo sabiamente fará uma mobilização das reservas para manter as funções vitais.

DICAS PARA EVITAR O DÉFICIT CALÓRICO:

E como não incentivamos que faça restrição calórica sem acompanhamento, separamos algumas dicas práticas para seu dia a dia; em especial para esse momento de pandemia que muita gente pode e deve ficar em casa:

  • Aproveite os alimentos dá época que também são ótimos para economizar e variar o cardápio e ingerir todos os nutrientes importantes para o bom funcionamento do corpo;
  • Hidrate-se, muitas vezes a sede pode ser confundida com a fome, e organismo bem hidratado funciona com mais eficiência;
  • Priorize a alimentação saudável, é uma das formas de prevenir doenças, ajuda o fortalecer o sistema imunológico, melhora a função intestinal, dá energia e disposição, contribui até mesmo para um sono de qualidade;
  • Lembrando que comida saudável precisa fornecer todos os grupos de alimentos; o organismo necessita de nutrientes para funcionar adequadamente, boas  escolhas alimentares com quantidade controlada podem contribuir no processo de emagrecimento; o organismo começa a reagir, pois vai usar as reservas do tecido adiposo para produzir energia;
  • Pratique a COZINHATERAPIA fazendo comida de verdade, sempre dê preferência para tudo o que for natural, esse é um dos segredos do sucesso da comidinha caseira que geralmente tem um temperinho na medida certa, tem um toque especial que carrega afeto, dedicação;
  • Inclua mais vezes em suas refeições, os alimentos com calorias negativas;
  • Evite repetir o prato, troque o prato ou recipiente das principais refeições por tamanhos menores, mastigue bem e devagar.

Este conteúdo é de caráter informativo e não dispensa acompanhamento especializado, reforçamos aqui a importância da prática consciente de mudança de hábitos; isso pode envolver nutricionista, educador físico, médico para um check up, acompanhamento psicológico em muitos casos.